domingo, 29 de setembro de 2019

CICLO DE FILMES "GRANDES DIRETORES " - Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos(1988; Pedro Almodóvar)



Indicação e apresentação do filme: Cristina Felício

2 comentários:

  1. Gostei desse filme, "Mulheres a beira de um ataque de nervos", exibido na terça-feira, dia 01.10.2019, no Cineclube Lumière. Demoro a falar sobre um filme, logo que ele acaba. Escrever no dia seguinte é melhor para mim. Acho curioso que em 1988 ele já abordava essa questão: as mulheres estão sempre se apaixonando e sempre acabam sós. Trinta anos após, no filme "ROMA", uma personagem feminina diz para outra: "nós mulheres sempre estaremos sós. Almodóvar é "pró mulher". Seus barato são as personagens femininas, pelo menos nesse filme, mesmo quando tolas como parece ser a amiga que se refugia na casa da personagem principal. Perece que o filme quer dizer: o que interessa em todas as circunstâncias é o amor e nesse assunto as mulheres nadam de braçada e nós homens deixamos muito a desejar, porque abandonamos o amor preferindo a novidade temporária, a superfície da humanidade da companhia amorosa, num "troca-troca" de companheirxs interminável. O homem “mais legal” do filme é o motorista do taxi, completamente extravagante no penteado, na cor dourada do cabelo, com um carro cheio de “serviços” para o cliente (como um uber de 1988) e..., casado ou noivo, um homem que se preocupa em dizer que o autógrafo é para a mulher dele.
    Sim, tb é um filme que releva as cores. Embora trate de um drama, é um filme solar. Embora drama, é comédia. Embora comédia aborda o assunto que será presente por toda as nossas vidas: o relacionamento amoroso e suas consequências para o bem ou mal. Grato por mais essa oportunidade de enfeitiçamento e reflexão, Joaquim! Luiz Fernando Dudu Azevedo, 02.10.2019

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  2. Eu também preciso de um tempo para o filme chegar, vou aprofundando o olhar devagar. Logo no início percebi elementos fortes da cultura pop, que foram se confirmando no decorrer. Apresentação é toda em recortes, figurino anos 50/60 quando surge o movimento Pop Art. Presença marcante das cores fortes e saturadas. Personagens exagerados que também me pareceram recortados, como variações sobre o mesmo tema. Há uma ênfase ao efêmero. Diálogos repetitivos como do personagem masculino ao telefone, cenas repetitivas como da mala , do táxi... E nada mais pop que o taxista e seu táxi, um mundo de exageros e consumos. De humor crítico. Um bom filme! Maria Garcia

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