segunda-feira, 5 de agosto de 2019

CICLO DE FILMES "GRANDES DIRETORES" - Janela Indiscreta (1955,Alfred Hitchcock)






Indicação, apresentação do filme e textos:Reinaldo Silva

Casamento, Privacidade e Hackers na Janela Indiscreta


As dúvidas sobre quais filmes de Hitchcock deveriam ser exibidos surgiram desde o ínicio quando foi pensamos a possibilidade de um ciclo mensal dos diretores de cinema mais representativo da arte cinematográfica. Já a própria  palavra “representativo” suscitava a pergunta: representativo para quem? Mas uma decisão foi tomada. Diferente do que ocorre aos sábados, quando um curto comentário é feito antes da exibição do filme, era necessário apresentar informações um pouco mais detalhadas sobre os diretores, principalmente quando  o nome é Hitchcock. Preparei o seguinte roteiro, evitando sobrecarregar as telinhas com textos longos.
1) Na primeira apresentação irei comentar um texto que escrevi sobre como Hitchcock pensava o cinema. Esse texto só será comentado na primeira apresentação e ficará à disposição dos interessados para cópia. 
2) A cada apresentação vou elaborar um texto, enviá-lo para publicação no blog (como estou fazendo abaixo para Janela Indiscreta) e comentar o seu conteúdo antes da exibição. As discussões segue sendo no final da exibição.

3) Transcrevi a filmografia do diretor que não será comentada. Irei imprimir inicialmente cinco cópias e deixarei à disposição dos interessados. Caso a quantidade não seja suficiente, ficará disponível o original para cópias. 


Janela Indiscreta- Um filme atual


A minha leitura do filme Janela Indiscreta está relacionado a uma perspectiva que diz respeito a todos nós e a bilhões de indivíduos . Estamos ameaçados por “olhos invisíveis”. A nossa privacidade corre perigo.
Essa afirmação não é nenhum absurdo ou decorrente de alguma paranoia. Existem elementos absolutamente concretos sobre essa suspeita, e não é nenhuma constatação inédita.
É óbvio que Hitchcock não teve a intenção de fazer um filme sobre a condição dos indivíduos nas sociedades futuras.
No passado fiz outras leituras, levando em consideração, por exemplo, os pontos de vista diferentes sobre o tema do casamento nos diálogos e cenas das personagens de James Stewart e Grace Kelly. São diálogos e cenas que merecem ser vistos e ouvidos várias vezes pelos argúcia e atuação dos atores, que ambos apresentam em defesa de seus argumentos, onde a ironia e humor inteligente predominam.  Momentos conhecido por “discutir a relação”. E presenciamos também a participação de  outros personagens, que sem fazer parte da discussão, passam a ser mencionados, como se fossem membros de um grupo de avaliação sobre o casamento. Algumas cenas que ambos assistem da janela são mencionadas para corrobor suas justificativas sobre a continuidade ou o interrompimento do relacionamento entre eles. O tema da solidão recebe um recorte sobre o que é discutido a respeito do casamento e relacionamentos afetivos. Hitchcock parece expor esse dilema de maneira explícita. Acredito que esses temas possam fazer parte de novas e atuais leitura sobre o filme.
Mas, fiz uma outra indagação sobre o filme. Foi a seguinte:
Como manter a privacidade em um mundo onde o nosso comportamento está sob vigilância contínua?
 Esta pergunta foi crucial para a leitura que faço do filme Janela Indiscreta. Por isso, decorridos 65 anos considero impressionante a capacidade que o filme teve de mobilizar minha atenção para um tema tão atual.                                
                                Minha Leitura
Já faz alguns anos, acessamos a internet por outros meios diferentes, além do aparelhinho que carregamos constantemente. Com ele acordamos, conversamos digitalmente, fazemos nossas refeições, pagamos as contas, nos distraimos com jogos e vídeos, servem inclusive de espelho, enfim, não desgrudamos dele. É com se fosse a extensão do nosso corpo. Saiba então que esse aparelhinho é dotado de “olhos que nos espiona” toda vez que é utilizado. Algumas pessoas tem dois ou três desses aparelhinhos. Não fiquem chateado comigo. Esses olhos são chamados pelos especialistas de algoritmos. Eles rastreiam o que fazemos, gravam o que falamos e assistimos, registram nossas mensagens e respondem-nos artificialmente sem nenhuma consulta. Avaliam os nossos hábitos de consumo, monitoram as nossas chamadas, produzem estímulos compulsivos. São olhos com tecnologia de ponta. Estamos sendo rastreados e avaliados.
Mas, o que isso tem a ver com o filme Janela Indiscreta?
Faço aqui uma comparação entre o que escrevi acima e as ações do personagem de James Stewart. Os olhares da sua janela indiscreta é a metáfora do que os especialistas da área chamam algoritmo. Algoritmo é o nome higiênico de espião que nos monitora em sigilo, por uma combinação de acessos feitos e recebidos via internet, onde um vasto campo virtual concentra dezenas de dados de milhões de pessoas, que são analisados estatisticamente, e passam a fazer parte de uma gigantesca base de informações. Esses dados podem ser acessados sem a nossa permissão por pessoas denominadas hackers, que detém conhecimento técnico e  sofisticado dispositivos de busca, pesquisando,  adulterando , furtando e fazendo uso das informações por nós repassadas nas trocas de mensagens.
Tal constatação, me levou a comparar as ações do personagem de James Stewart a um “hacker”. Por exemplo, ele monitora a solidão de uma mulher, conhecer e prevê os seus sentimentos, observa o porre de um compositor com prováveis dificuldades na elaboração de uma música, a mulher que se banha ao sol, a beleza e a sedução da jovem dançarina, o casal de meia idade sem filhos e o passeio de seu cãozinho, o comportamento do jovem casal em lua de mel, as desavenças de um casal, cujo marido irá se tornar criminoso. Ele comenta, emiti expressões e analisa comportamentos que servirá para decifrar um crime, prevendo  e controlando as ações do criminoso.
Por acaso, existe uma grande  diferença em relação ao que é praticado pelos hackers?
No meu entender o que o personagem de James Stewart faz é o mesmo que os hackers fazem, por vias diferentes e  com tecnologia de ponta. O filme é tão sugestivo sobre o comportamento bisbilhoteiro, que a personagem de Grace Kelly levanta questões ética idênticas, que passou a ser o tema dos debates em Fóruns Mundiais sobre as ameaças que pairam em relação a nossa privacidade.
Esse é o tema que apresento para conversarmos. Espero ouvir dos participantes seus comentários a respeito não só da minha leitura, mas das outras leituras desse filme que para mim continua a ser de uma incrível atualidade em inúmeros aspectos.


Um rápido encontro com Hitchcock
Os historiadores do cinema citam uma passagem crucial  para que possamos entender a ilusão de realidade criada por esse meio no final do século 19 (1895).  A cena diz respeito ao filme dos irmãos Lumière intitulado a “Chegada do Trem na Estação”.
A câmara estava posicionada na plataforma de uma estação registrando a imagem da chegada de um trem. Nesta posição a platéia do cinema via na tela o trem vindo em sua direção. O medo tomou conta dos espectadores e muitos saíram do cinema apavorados. Decorrido mais de 130 anos pode parecer que essa platéia era “meia lelé da cuca”, certo? Errado. A platéia vivenciava um novo fenômeno visual,  a impressão de que aquele trem era real. O que isso quer nos dizer?
A arte cinematográfica seja por intermédio de filmes mudos ou falados, possui a sua própria linguagem. Charles Chaplin personificou um personagem que nos encanta até hoje, utilizando uma linguagem com recursos técnicos por ele criados. O público em geral desconhece como essa linguagem é elaborada, mas são afetados emocionalmente pelos seus efeitos. Desde a época dos irmãos Lumière ocorreram consideráveis transformações tecnológicas que afetaram a arte cinematográfica.
O cinema é ao mesmo tempo técnica, arte e indústria. Isso não elimina o valor criativo de um filme, muito pelo contrário, o valoriza. A sofisticação na construção de imagens de ambientes virtuais ampliou a nossa ilusão de realidade. Esse era o sonho inicial do cinema. Um sonho que Hitchcock aprimorou de forma decisiva. Diretores, produtores, atores, roteiristas, montadores, músicos e dezenas de outros participantes, cujos nomes passam despercebidos na tela quando os créditos aparecem no início/final de um filme, constroem a ilusão para nós. Desde que outros meios de projeção foram criados, os filmes se expandiram em tipos de mídias diversificados a ponto de atualmente podermos assisti-los em aparelhos celulares. O cinema não ficou imune a mobilidade que rege o mundo, mas permanece a crença de milhões de espectadores numa suposta realidade.
Hitchcock se deliciava com a ilusão. Seu objetivo era como ele mesmo dizia “deixar o espectador na ponta cadeira”. E para isso trabalhou incansavelmente no gênero de filmes denominados suspense. Foi, merecidamente, o Mestre do Suspense. Irônico e de um humor imprevisível em frases, entrevistas e artigos, explicava didaticamente as técnicas que inventava sobre a movimentação da câmara, a utilização da luz e da sombra, roteiro e o efeito da música em uma determinada cena. Conhecia como ninguém a arte de produzir ilusões. Ele tinha o controle total de seus filmes. Empregar o adjetivo “hitchcockiano” para um  determinado filme é render a homenagem a marca que  possui o estilo de linguagem criada por Hitchcock com objetivo de produzir efeitos de suspense no público.       
                                                        Hitchcock
Alfred Hitchcock nasceu em Londres em 1899 e faleceu em Los Angeles em 1980. Não foi apenas o aclamado mestre do gênero suspense, principalmente em relação as cenas que guardamos na memória. O suspense é antes de tudo a dramatização da narrativa de um filme em situações intensificadas. A arte de criar o suspense é ao mesmo tempo a de seduzir o público. Foi um cineasta de extraordinária produtividade e influenciou uma geração de diretores de filmes que o sucedeu, como por exemplo: François Truffaut, Martin Scorsese, Brian de Palma, Stanley Kubrick – a lista dos novos diretores é extensa. Falante, espirituoso e, deliberadamente, o principal publicitário de seus filmes, enfatizava a necessidade de o cinema basear-se mais nas imagens do que nos diálogos, herança do período dos filmes mudos, com os quais se identificava. Suas 39 aparições em seus filmes era a marca registrada desde a época do cinema mudo.
Entre 1922 a 1976 (54 anos) de atividade, Hitchcock dirigiu 53 longas-metragens. Começou no cinema mudo e se adaptou ao falado, superando as dificuldades que muitos cineastas, atrizes e atores enfrentaram; foi do preto-e-branco (considerado por ele o mais adequado a linguagem visual do suspense) ao colorido. Dos estúdios londrinos a Hollywood fez de tudo. Escreveu e desenhou letreiros de filmes mudos, foi assistente de direção, diretor de arte, roteirista, cenógrafo, figurante, apresentador de filmes para televisão, produtor, diretor, e como ensaísta escreveu centenas de artigos sobre seus filmes e sobre o meio artísticos. Esses artigos, inexplicavelmente, são poucos divulgados por seus biógrafos.
                                                                   
                                           Hitchcock, o perfeccionista
O que interessava a Hitchcock era passar a mensagem de que as cenas produzidas pelo movimentos das câmaras, olhares e gestos dos atores são mais importantes do que os diálogos. Ele dizia que possuía uma mente totalmente visual. Para obter o efeito de suspense desejado utilizava a iluminação com jogos de luzes e sombras, cores e música, artifícios minuciosamente pensados para estimular a percepção visual e emocional dos espectadores. Planejava minuciosamente ângulos e detalhes da cena, insistia obsessivamente com atores e atrizes para que as cenas fossem repetidas inúmeras vezes até conseguir os efeitos por ele desejado. Montava seus filmes quadro a quadro debruçado sobre os fotogramas (pedaços da película) para descobrir o ponto preciso em que uma cena deveria ser cortada, ou seja, fazia uso da montagem como recurso narrativo para contar visualmente uma estória. A única ocasião em que não utilizou a montagem foi no filme Festim Diabólico, uma experiência de narrativa de uma trama que levava os espectadores acreditarem na inexistência de cortes. Jamais repetiu essa experiência nos demais filmes que dirigiu.
Lançou jovens atores até então desconhecidos como Shirley MacLaine e Anthony Perkins, e trabalhou com grandes estrelas como Grace Kelly, Ingrid Bergman, Kim Novak, Paul Newman, Henry Fonda, Cary Grant e James Stewart.
Em 1939 foi para o Estados Unidos e em 1955 tornou-se cidadão americano. A partir de 1948 passou a produzir seus próprios filmes, e entre 1955 a 1965, além de diretor e produtor de seus próprios filmes, passou apresentar na televisão o programa Alfred Hitchcock Presents, onde apresentava episódios de 30/40 minutos de outros diretores adepto ao gênero suspense, tornando-se pelas suas aparições na TV ainda mais popularmente conhecido. Esta série foi exibida no Brasil pela Rede Tupi nos anos 70. Hitchcock vivia em função do trabalho, envolvido em projetos, enquanto na vida social era tímido e quase recluso.
Seus filmes foram analisados sob diversos ângulos: por psicólogos, psicanalistas, filósofos, profissionais nas áreas de iluminação e estética, jornalistas, criticos de cinema, cineastas, em revistas e cadernos de cultura especializados, sobre a perspectiva político-ideológica ... enfim, interessados em conhecer e divulgar a obra do mestre do suspense. Em consulta ao Google verifiquei que existem sobre Hitchcock, até a elaboração deste texto, aproximadamente 290.000 artigos, 138.000 monografias e 32.300 teses acadêmicas escritas em diversos idiomas, o que nos fornece a dimensão de sua importância no cenário da arte cinematográfica.
         
                                       Hitchcock e a Psicanálise: Um caso Particular
Nas décadas de 70 e 80 a Psicanálise e as ciências sociais principalmente a sociologia, a filosofia e a antropologia originárias da França, eram o centro das atenções no meio acadêmico e jornalístico no RJ. Uma fração da classe média urbana estava ávida de novidades. A ditadura militar agonizava. Foi neste ambiente, que passei a ter um maior interesse pelos filmes de Hitchcock.
 A  correlação dos filmes de Hitchcock com a teoria psicanalítica é uma abordagem que não pode passar em branco. Os seus filmes passaram a ser alvos de palestras no segmento “PSI” e exibidos em cineclubes localizados na zona sul. Era comum a publicação de artigos sobre os seus filmes no caderno B do JB, na seção Ilustrada da Folha de São Paulo e na imprensa alternativa da época, em revistas e informativos segmentados. O segmento do mercado editorial logo despertou o interesse e passou a publicar coletâneas de textos sobre cinema traduzidos de autores franceses e russos.
Em inúmeras passagens dos filmes de Hitchcock a presença de uma abordagem psicanalítica é irrefutável, o que não dizer que ele elaborava as cenas com esse objetivo. O seu interesse era atingir a grande massa de espectadores. E para isso fazia os seus filmes com um olho no público e com o outro na bilheteria. Mas é inegável, que filmes como Janela Indiscreta, Pacto Sinistro, Psicose, Frenesi e Um Corpo que Cai (só para citar alguns) possuem narrativas e cenas que remetem os profissionais do campo da Psicanálise a formular uma interpretação com base, por exemplo, nos conceitos desejo, complexo de Édipo, fantasia, sedução, sadismo, masoquismo, sadomasoquismo.
           
          Hitchcock fala sobre o medo, suspense e terror nos filmes
 “O medo pode ser divertido? Ou até prazeroso? Milhões de pessoas ... pagam imensas quantias de dinheiro e passam grandes apuros apenas pelo prazer de sentir medo. Qualquer funcionário de um parque de diversões dirá que os brinquedos que atraem o maior número de pessoas são os que provocam mais medo. Para cada pessoa que busca o medo no sentido real, pessoal, a milhões que o procuram de forma indireta, no teatro e no cinema. Nos auditórios escuros, identificam-se com os personagens fictícios que estão sentindo medo, e experimentam, eles próprios, as mesmas sensações (o pulso acelerado, a palma da mão alternadamente seca e úmida etc), sem precisar tomar o lugar dos personagens. É isso que importa e essas milhões de pessoas que vão ao cinema para sentir medo sabem disso”.
Quem faz filme de mistério tem como meta fazer a platéia ficar sentada na ponta da cadeira. O ingrediente para conseguir isso se chama suspense. Os produtores choram por isso, os escritores choram de agonia para conseguir isso e os atores choram de alegria quando conseguem isso ... as cenas que fazem o sangue correr pelas veias são altamente benéficas para a indigestão, gota, reumatismo, dor ciática e menopausa precoce. O público tem suas emoções, o cinema tem seu público, o diretor tem seu cinema, e todos ficam felizes”.
Medo é um sentimento que as pessoas gostam de ter quando estão certas de que estão em segurança. Quando se está tranquilamente sentado em casa, lendo uma estória apavorante, apesar de tudo nos sentimos seguros ...quando a pessoa se encontra num ambiente familiar e percebe que a sua imaginação é a única responsável pelo medo, surge o sentimento de uma extraordinária felicidade, comparável quando se mata uma sede muito grande ...”
Medo, no cinema, é meu campo específico, e por uma boa causa. Dividi o medo cinematográfico em duas categorias amplas – terror e suspense. O terror não antecipa qualquer preparação, surge sem aviso prévio, como uma explosão repentina. O suspense se desenrola lentamente, os sintomas vão surgindo nas cenas que antecede, ou seja, o público está sendo informado de que algo irá acontecer, sem ter idéia do que será. Lembrem-se da nossa regra: o terror se obtém com a surpresa; o suspense, pelo aviso antecipado. Suspense é mais divertido que terror, porque é uma experiência contínua e vai crescendo até atingir um clímax; já o terror, para ser realmente efetivo, tem que vir todo de uma vez, como um relâmpago, e, conseqüentemente, é mais difícil de saborear”.
                                         
Sobre a música nos filmes
O silêncio é com freqüência muito eficaz, e seu efeito é incrementado pelo manejo adequado da música, antes e depois”.
“A música correta aprimora a cena. A primeira utilização, e a mais óbvia, é criar atmosfera, gerar excitação, aumentar a intensidade das emoções. Numa cena de ação, por exemplo, quando o alvo é criar um clímax físico, a música fornece emoção ... Posso argumentar que não desejo que a platéia ouça a música conscientemente. O efeito desejado pode ser atingido sem que platéia se dê conta de como isso é feito”
“Observe que é no uso psicológico da música, que residem as grandes possibilidades. Ela, a música, torna possível expressar o que não é dito. É preciso visualizar o filme movimentando-se no compasso da música”.
“A base do apelo cinematográfico é emocional. O apelo da música é, em grande parte, emocional também. Acho que negligenciar a música é abdicar, querendo ou não, de uma oportunidade para o progresso do cinema”
                       
Filmografia de Alfred Hitchcock como Diretor
Total de 53 em 54 anos de atividade, entre 1922 a 1976.
1922 Number Thirteen (inacabado) e Always Tell Yoour Wife (como o diretor adoeceu, o filme foi terminado por Hitchcock); 1925 The Pleausure Garden; 1926 – The Mountain Eagle; O Inquilino Sinistro; 1927 – Downhill When Boys Leave Home; Easy Virtue e O Ringue; 1928 – A Mulher do Fazendeiro; Champagne; 1929 – Harmony Heaven; O Ilhéu; Chantagem e Confissão; 1930 – Elstree Calling; Jung And The Paycock; Assassinato; Mary – Sir Jonh Greift Ein (versão alemã de Assassinato); 1931 – The Skin Game; 1932 – Rich And Strange; O Mistério do Número 17; 1933 – Valsas de Viena; 1934 – O Homem que Sabia Demais; 1935 – Os 39 Degraus; 1936 – O Agente Secreto; Sabotagem; 1937 – Jovem e Inocente; 1938 – A Dama Oculta; 1939 – A Estagem Maldita; 1940 – Rebecca,A Mulher Inesquecível; Correspondente Estrangeiro; 1941 – Um Casal do Barulho; Suspeita; 1942 – Sabotador; 1943 – A Sombra de Uma Dúvida; Um Barco e Nove Destinos; 1944 – Bon Voyage (curta-metragem); Aventure Malgache (curta-metragem); 1945 – Quando Fala O Coração; 1946 – Interlúdio; 1947 – Agonia de Amor; 1948 – Festim Diabólico; 1949 – Sob o Signo De Capricórnio; 1950 – Pavor nos Bastidores; 1951 – Pacto Sinistro; 1952 – A Tortura do Silêncio; 1954 – Disque M para Matar; Janela Indiscreta; 1955 – Ladrão de Casaca; 1956 – O Terceiro Tiro; O Homem que Sabia Demais; 1957 – O Homem Errado; 1958 – Um Corpo que Cai; 1959 – Intriga Internacional;1960 – Psicose;1963 –Os Pássaros; 1964 – Marnie, Confissões de uma Ladra - 1966 – Cortina Rasgada; 1969 – Topázio; 1973 – Frenesi; 1976 – Trama Macabra
Indicações ao Oscar Recebeu 6 indicações ao Oscar pela Academia de Artes e Ciências Cinematográfica, sendo 05 como Diretor e 01 como Produtor
Globo de Ouro Indicação em 1973 como Melhor Diretor pelo filme Frenezi, oferecido pela Estatueta Cecil B. DeMille
Premiação Estatueta Prêmio Inving Thalberg da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas pela carreira completa e conjunto da obra
Globo de Ouro Vencedor em 1958 – Melhor série de TV, Alfred Hitchcock Presents; Prêmio Cecil B. DeMille – 1972 – Pela Carreira Completa
Bafta Vencedor – 1971 pela Carreira Completa
Outros Prêmios Diretor Guild of American – 1968; American Live Achievement Award Film Institu– 1979
Livros Indicados Hitchcock Truffaut – Companhia das Letras – Edição:  2008; Hitchcock por Hitchcock – Coletâneas de Textos e Entrevistas – Organizado por Sidney Gottlieb Edição: 1998
Vídeos curtos no Youtube para ter uma idéia sobre a obra de Hitchcock  Existem inúmeros, mas indico os seguintes: EntrePlanos; Canal Zero; Gustavo Cruz e Cinemarden Artigos na Internet É só entrar no Google e pesquisar pelos artigos, teses, monografias etc em relação aos interesses e temas acima citados.

VÍDEOS COM AS APARIÇÕES DE HITCHCOCK NOS SEUS FILMES:





Reinaldo Silva

Um comentário:

  1. Reinaldo, vc tem razão em apontar essa questão do monitoramento (hacker). Depois que vc falou, fiquei pensando que se trata na verdade do típico modo de ver moderno inaugurado pela pintura renascentista onde se tem um olho que observa através de uma janela. Hichtcock certamente sabia disso e recriou o espaço das tres paredes parodiando o teatro e a pintura. O protagonista nos representa pois é o espectador privilegiado do drama que se denrola a sua frente.
    O engraçado é que o olhar renascentista pressupõe um Deus transcendental e este, supostamente morto no século XIX, renasce como Big Brother.

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