terça-feira, 17 de abril de 2018

O Artista (2011, Michel Hazanavicius)


Indicação e apresentação do filme: Dalvinha Vieira
Texto : Dalvinha Vieira

"O Artista" é uma homenagem ao cinema.O diretor e roteirista francês recua à estética do cinema para contar a história de um astro de cinema mudo que se recusa a adaptar-se  ao início do som nos ano 1930. O som no cinema surge em 1927, com o cantor de jazz.Em 1928, de 294 filmes em Hollywood, 220 era mudos.Em 1929, 28 não tinham som
O galã, George Valentim, não tem este nome à toa: faz uma homenagem a Rodolfo Valentino.E por este motivo, exagera nas feições,num festival de caras e bocas, tão comum no cinema mudo.
Essa fábula surpreendentemente contemporânea sobre um ator engolido pelos avanços tecnológicos, revela muito o nosso momento presente onde tudo é descartável ao menor sinal de uma novidade.
Valentim tem o mundo aos seus pés e não havia nenhum sinal de que  isso mudaria.Mas a realidade é implacável. De repente o mundo é hostil e ele é descartado como algo antigo, superado.Mas paralelamente, uma dançarina e aspirante a atriz, ganha seu lugar ao sol.Esses dois grandes artista vivem o mesmo momento,mas realidades diferentes.
"O Artista! é merecedor de aclamação pela critica e publico: é engraçado, encantador.É uma obra de arte.A atuação de Jean Dujardim é impecável.Ele expressar em sua face cada palavra que não se ouve.Ele e Berenice Bejó estão perfeitos, sozinho ou em dupla.Assistir ao filme é uma viagem no tempo, á era de ouro de Chaplin, Buster Keaton e outros. O enredo é simples , contado de forma leve , mudo e em preto-e-branco, embora tenha sido feito colorido e depois "vestido" para preto-e-branco digitalmente, o que permite maior controle dos contrastes.



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