domingo, 20 de novembro de 2016

Hannah Arendt (2013; Margarethe von Trotta)


Indicação e apresentação do filme: Valéria Toledo


Muito interessante o filme e a abordagem do mesmo.Melhor ainda as analises conjuntas do grupo ,discutindo.Isto de faz perceptível desde a forma como se trabalhou as questões filosóficas pertinentes ao filme, tanto no que permeia a questão do conhecimento, do pensar, até o nível prático, isto é, trazendo o conjunto de questões discutidas no filme para a realidade.Podemos então perceber a atualidade e a ferocidade do pensamento de uma grande autora e pensadora.( Valéria Toledo) 
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Como jornalista, Hannah Arendt julgou mais o homem do que propriamente o nazismo.Considerando-o como um sere medíocre, incapaz, tão incapaz ao ponto de nem perceber o grande mal que estava realizando.Infelizmente, criticas e o próprio povo judeu, não conseguiram entender o seu modo de pensar, considerando o seu artigo relacionado ao nazismo e ao povo judeu.Realmente, seria muito dificil entende-la (Alfredo Henrique)
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Oportuna a exibição do filme sobre Hannah Arendt, que  apresenta, principalmente,  a polêmica teoria  da "banalidade do mal",desenvolvida a partir   da interpretação do comportamento de Adolf  Eichmann, um oficial  nazista responsabilizado pela logística de extermínio de milhões de pessoas.Em 1963, a autora publicou um livro sobre o julgamento de  Eichmann, o que  provocou um escândalo imediato. Arendt permaneceu  firme na defesa de suas idéias,  mesmo  atacada por amigos e inimigos na mesma medida.
Segundo Hannah Arendt, Adolf Eichmann não era um monstro, alguém com um espírito demoníaco e antissemita. Ela o identificou como um burocrata, um sujeito medíocre, que de certa forma renunciou a pensar nas conseqüências dos seus atos. “Embora as atrocidades por ele conduzidas tivessem sido de uma crueldade inimaginável, o executante era ordinário, comum, nem demoníaco, nem monstruoso ". Eichmann revelou-se como uma pessoa incapaz de exercer a atividade de pensar.
Segundo  Arendt ,  “Será que a natureza da atividade de pensar, o hábito de examinar, refletir sobre qualquer acontecimento, poderia condicionar as pessoas a não fazer o mal? Estará entre os atributos da atividade do pensar, em sua natureza intrínseca, a possibilidade de evitar que se faça o mal? Ou será que podemos detectar uma das expressões do mal, qual seja, o mal banal, como fruto do não-exercício do pensar?”  O filme também é importante para refletirmos sobre os dias atuais. Se pensarmos na sentença arendtiana que “os maus não são somente os vilões como Hitler, mas todo o cidadão que nada faz para combater o mal”, somente discordará de Arendt quem estiver propenso à irresponsabilidade, passividade, à indiferença e à insensibilidade. (Joaquim Ferreira)

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