Apresentação, indicação do filme e texto :Maria Helena
Norma Rae faz a gente sentir que o mundo roda, roda, e fica no mesmo lugar.
As questões enfrentadas pela tecelã numa pequena cidade do Sul dos Estados Unidos, comunidade branca, protestante, patriarcal e machista, de operários que se encontram à mercê do único empregador, sem apoio de um sindicato organizado, parecem retratar o mundo laboral do Brasil de hoje ou, melhor dizendo, da realidade para a qual estamos caminhando.
A breve predominância da força sindical, entretanto, deu lugar ao domínio dos capitalistas nos governos do Partido Republicano que se sucederam. Nos anos 80 do século passado os Sindicatos americanos já estavam enfraquecidos novamente. Foi assim que empregos norte-americanos foram sacrificados e trocados por empregos no terceiro mundo (o chamado outsourcing), miseravelmente pagos a mexicanos e orientais. O que ficara ruim, ficou ainda pior no século XXI, com o domínio absoluto do capital financeiro.
Quase 40 anos depois de filmada a história verdadeira, ainda nos revolta e emociona ver a guerra travada por aquela jovem mulher contra seus patrões e também os colegas que custaram a compreender o sentido da palavra União. Para complementar a apresentação incluo o texto crítico que diz melhor sobre este belíssimo filme.
Nenhum comentário:
Postar um comentário