domingo, 15 de janeiro de 2017

Uma Noite em 67( 2010,Renato Terra, Ricardo Calil)


Indicação ,apresentação do filme e texto : Iadler Barroso


Na época do filme eu era um rapaz que amava os Beatles e Rolling Stones,como dito numa antiga musica. Eu já conhecia,claro Chico Buarque, mas sua musica ainda não tinha me encantado. Eu preferia o som das guitarras e a rebeldia do rock; " O Rock é meu pastor e nada me faltará"era meu mantra. Até a era dos Festivais ter inicio. Havia um programa na TV Record chamado "Essa noite se improvisa" formado por Chico Buarque,Caetano, Vinicius.Carlos Imperial e outros.O programa consistia em o apresentador sortear uma palavra e o participante apertar um botao e cantar uma musica inteira que incluísse a palavra. Começou ai a minha admiração por Chico e Caetano.Eles acertavam todas. Veio então o terceiro festival,retratado no filme. O que dizer de um festival que reuniu: Chico Buarque,Caetano,Gil,Edu Lobo,Elis Regina? Com musicas como "Roda Viva"do Chico,que começava ai a se despir da imagem de bom moço.Do Gil com a revolucionaria melodia e cinematográfica letra de "Domingo no Parque". Do Caetano com sua "Alegria,Alegria" e o sol nas bancas de revistas. Do Edu Lobo com "Ponteio",com a introdução ,um solo de flauta,tocada por Hermeto Pascoal,e um grupo vocal de apoio formado por Mauricio Maestro,David Tygel(futuros "Boca Livre") e Zé Rodrix.Era uma nova geração fantástica despontando.O Festival ficou conhecido como o "Festivaia" tantas foram elas,particularmente as dirigidas ao azarado Sergio Ricardo,que estava no lugar errado na hora errada e com uma musica também errada. A historia,todos conhecem: quebrou o violão e atirou na plateia. A reação, inusitada,gerou uma manchete genial e bem humorada de um tabloide no dia seguinte "Violada em Pleno Palco". Um festival historico,ou o "Festival dos Festivais",como ficou tbm conhecido. Começava ali,numa noite 1967,minha capitulação a MPB. Eu não era mais um rapaz que amava só os Beatles e Rolling Stones.Meu rumo mudou, pois "Eis que chega Roda Viva" / e carrega o destino pra lá." Eu já disse pra minha mãe": Quando eu crescer quero ser Chico Buarque.

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