sábado, 7 de setembro de 2024

Aranha( Andrés Wood;2019)

 










ARANHA
(ARAÑA) CHILE|ARGENTINA|BRASIL|2019|105 min
Direção: AndrésWood|Elenco Principal:MercedesMorán,MaríaValverde, Marcelo Alonso,Pedro Fontaine, Gabriel Urzúa, Felipe Armas ,Caio Blat

O FILME
Durante o período de movimentações políticas pré-golpe de 1973, o chileno Andrés Wood, em Aranha, coloca foco sobre a relação tortuosa nascida entre três fictícios membros do grupo paramilitar, terrorista e de extrema direita Pátria e Liberdade, peça importante no processo de desestabilização do governo Allende. Representante do Chile no Oscar 2021 de Melhor Filme Internacional, o longa acompanha dois momentos da vida de Inés , seu esposo Justo e Gerardo Na juventude, os dois primeiros eram garotos ricos, hipócritas ,conservadores e sádicos, aproveitando o período de convulsão política e social como uma permissão conjuntural para extravasar energia, fazendo da violência um jogo. Gerardo, por sua vez, abraçava o delírio nacionalista com fanatismo. Os três compartilhavam atividades no Pátria e Liberdade e acabaram envolvidos num triângulo amoroso. Porém, o desenrolar de um crime político que cometeram juntos separa seus destinos. Quarenta anos depois, Gerardo reaparece em busca de vingança e ainda mais obcecado pela causa que defendia. O problema é que suas ações ameaçam revirar o passado de Inés e Justo, agora empresários influentes, um casal tradicional com uma imagem a zelar. Com o brasileiro Caio Blat no elenco, Aranha, cujo título faz referência ao símbolo do Pátria e Liberdade, muito parecido à suástica nazista, questiona: onde se escondem os articuladores de ditaduras quando elas acabam?

O DIRETOR
O chileno Andrés Wood é diretor, roteirista e produtor de cinema. Nascido em Santiago em 1956, iniciou sua carreira com o curta” Reunião de família” (1994). Após a realização de seus longas-metragens iniciais, “Histórias de Futebol“ (1997), “O Desquite (1999) e “A Febre do Louco” (2001), tornou-se revelação internacional com o filme  “Machuca” (2004), drama memorialístico que, pelo olhar de um menino da classe média, observava o início dos anos 1970, que culminariam na ditadura do general Pinochet Em 2008, com o longa “A Boa Vida” foi premiado na Espanha na categoria de melhor filme estrangeiro. Outro destaque de sua carreira é o filme “Violeta Foi Para o Céu” (2011) sobre a vida da cantora chilena Violeta Parra, que ganhou o grande prêmio internacional do Festival de Sundance, nos Estados Unidos. Em 2013 escreveu e dirigiu a minissérie televisiva “Ecos do Deserto”, inspirada na história da advogada   Carmen Hertz e sua luta por levar a justiça os responsáveis pela morte de seu marido assassinado pelo Exército chileno durante o massacre conhecido como "A Caravana da Morte" perpetrada pouco depois do golpe de Estado de 1973.




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