Indicação e apresentação do filme: Mageca C. Gomes
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
Z (1969, Costa-Gravas)
Indicação do filme e texto : Marida Henriques
Apresentação do filme: Eliana de Andrade
O filme Z é um um filme
franco-argelino de 1969, baseado no romance homônimo de Vassilis Vassilikos. O
filme é quase todo focado na atuação do juiz do caso ( Trintignan), referente à
morte de um político de esquerda (Yves Montand). Este é o trama básico do
filme, fatos reais ocorridos na Grécia em 1963. O filme retrata como
funcionavam as instituições e seus agentes. A morte do político ( caso
Lambrakis ) foi encoberta vergonhosamente, tendo sido ele assassinado, na
verdade, mas considerado pelas autoridades como se fosse um acidente.
Foi considerado o maior
filme político do século XX.
Para a esquerda Z era o
símbolo da liberdade, para os militares, o símbolo da discórdia.
O caso Lambrakis se
refere `a morte do deputado socialista Gregoris Lambrakis, que alem de ser
deputado era um médico grego e também um atleta.
O filme foi dirigido
por Konstantino Gravas (Costa Gravas), cineasta grego que possui uma visão
política do mundo e expressa isso
através de seus filmes.
Todos os seus filmes
abordam temas políticos, exceto “ Um homem, uma mulher, uma noite” e talvez,
por isso, não foi bem aceito pela crítica.
Z foi o terceiro filme dirigido por Costa
Gravas.
Costa Gravas é o
maior nome da história do cinema
político. Seus atos de resistência através dos filmes são exemplos até hoje.
Dirigiu também muitos
filmes sobre as ditaduras, inclusive, na América Latina. Entre seus filmes
podemos citar “ O Capital” , “ Estado de sítio” e “ A confissão”.
Continua até hoje com a
mesma visão política, tendo assinado o manifesto em apoio a Lula e à democracia
no Brasil.
A minha indicação deste
filme está relacionada à minha história de vida e ao atual momento político que
estamos atravessando e que torna o filme mais atual ainda: a intolerância
política, a manipulação da mídia e das instituições sobre a população e até os
grupos fantoches que aparecem para proteger os poderosos. O filme retrata não
só o que está acontecendo no Brasil como em outros países sejam capitalistas ou
comunistas.
È um filme provocativo
e tem excelentes artistas, aliás, inesquecíveis, como Irene Papas ,
Jean-LouisTrintignan e Yves Montand, entre outros.
Este filme foi proibido
no Brasil durante a ditadura militar e com certeza, seria hoje também.
Nós que participávamos
da resistência nas décadas de 60 e 70, encontrávamos no cinema e no teatro, momentos de liberdade e muita
emoção, mesmo sabendo que encontraríamos a repressão ao sair desses locais. Em
qualquer cinema, em especial no Paissandu, após o filme, levantávamos e
batíamos palma. Era uma maneira prazerosa de dizer não à ditadura militar.
Filmes como Z nos dava
esperança, mais força para lutar, mais ousadia e força para vencer o medo
diante de tantos companheiros presos , exilados ou mortos.
Cinemas como o
Paissandu jamais serão esquecidos assim como filmes como Z.
Ele e outros filmes,
também proibidos, como “A classe operária vai para o paraíso”, “Os
companheiros”, etc nos ajudaram a entender melhor o momento que estávamos
passando e que não estávamos sós.
Tudo valeu a pena, exceto a tortura e a morte de muitos companheiros.
Marilda Henriques
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O filme Z reforçou minhas desconfianças sobre a versão oficial / histórica da causa da morte do Mão de Luva, que, supostamente, morreu de tuberculose durante a sua viagem de degredo para a África em 1785. É muito mais provável que os PMs da época (os dragões do rei de Portugal) tenham lançado este, então, célebre contestador do poder oficial ao mar, prática que se tornou comum 2 séculos mais tarde com os contestadores da ditadura militar argentina.A morte do provável primeiro líder empresarial em solo brasileiro, após este haver feito heroica resistência na liderança de microempresários (na época, um grupo de garimpeiros) em Cantagalo, contra a instituição do “quinto”, abriu caminho para a implantação generalizada da escravidão no centro-norte fluminense. O poder estatal consolidou-se de vez com a implantação de Nova Friburgo, cuja prefeitura, às vésperas do bicentenário, promove voraz campanha tributária sobre o microempresariado desta municipalidade, enquanto assaltantes das verbas públicas da Tragédia Climática de 2011 seguem impunes.
CHRISTIAN K. HANSEN
SÍTIO ALTO ASTRAL, LUMIAR
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
domingo, 4 de fevereiro de 2018
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